Wednesday, May 30, 2007

Mãe fumadora influencia mais o comportamento dos filhos do que o pai - estudo

Os filhos de pais fumadores têm mais probabilidades de vir a fumar, sendo que a actuação da mãe tem mais impacto do que a do pai no comportamento das crianças, revela um estudo da Universidade do Minho.

Intitulado "Relação entre o tabagismo dos pais e o consumo de tabaco dos filhos: implicações para a prevenção", uma equipa do Instituto de Educação e Psicologia da Universidade do Minho analisou no final do ano lectivo de 2002/2003 o comportamento de 1.141 alunos de sete escolas EB 2-3 de Braga.

O estudo, do tipo observacional, concluiu que a percentagem de alunos fumadores diários é maior no grupo de alunos cujos pais são fumadores (5,2 por cento) do que no grupo de alunos filhos de pais que não fumam (3,3 por cento).

Também entre os jovens que fumam semanalmente, verificou-se uma prevalência junto dos filhos de fumadores: 5,7 por cento contra dois por cento dos filhos de não fumadores.

Os investigadores descobriram ainda que a figura materna tem mais impacto no comportamento dos filhos: "Constata-se que a percentagem de alunos fumadores diários (8,7 por cento) é maior no grupo de alunos cujas mães fumam do que no grupo de alunos filhos de mães que não fumam (3,1 por cento)".

O que leva a concluir que "a influência do consumo de tabaco pelas mães parece ser mais importante do que o dos pais".

No comunicado enviado para a Agência Lusa, a APPTTB recorda que as crianças que estão expostas ao fumo passivo apresentam um maior risco de infecções das vias respiratórias superiores e inferiores.

A maior exposição ao fumo passivo ou fumo ambiental do tabaco ocorre durante a gestação, no recém-nascido e durante a primeira infância, altura em que tem efeitos mais prejudiciais no aparelho respiratório.

Diversos estudos revelam que as crianças filhas de mães que fumaram durante a gravidez são mais leves e pequenas do que as filhas de mães que não fumaram.

O fumo na gravidez é responsável por 20 por cento dos casos de fetos com baixo peso ao nascer, e oito por cento dos partos prematuros e cinco de todas as mortes perinatais.

Mais: AQUI (Lisboa, 29 Mai/Lusa)